As tomadas de carregadores de carros elétricos devem ser padronizadas em breve no Brasil. Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), confirmou que a pedido do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), foi montado um Grupo de Trabalho para isso.
Dessa forma, eles esperam que as fabricantes de carros elétricos produzam o mesmo tipo de entrada para conectar automóveis às bases de recarga espalhadas pelo Brasil. Apesar de os modelos a bateria ainda serem muito caros e as estradas brasileiras não oferecerem infraestrutura para esse tipo de veículo – são apenas 1,5 mil bases de recarga no país – o crescimento desse segmento é contínuo.
Uma das explicações para isso é a constante alta no preço do combustível, por exemplo. Aliado a isso, de acordo com Henrique Antunes, diretor de vendas da BYD, 80% das recargas acontecem na própria residência dos donos de carros elétricos.
Maluf, que também é Diretor de Marketing da BYD, aposta que o segmento tem uma margem de crescimento muito grande no Brasil, desde que tenha o investimento em pesquisa com baterias. Segundo o diretor, fontes de lítio em Minas Gerais, Argentina e Chile podem contribuir para o crescimento do mercado.
Em janeiro de 2022 a Associação Brasileira do Veículo Elétrico registrou um número histórico, ao ver o mercado nacional emplacar 2.558 carros elétricos e híbridos. Em relação à participação nas vendas totais, esse número representa 2,2% das unidades vendidas.
Os números representaram um aumento de 93% quando comparado a janeiro de 2021, e 63% do mesmo período em 2020. Hoje, o país conta com 79.817 automóveis e comerciais leves eletrificados e a projeção é que chegue a 100 mil unidades no segundo semestre de 2022.