As locadoras do país devem fechar o ano com uma frota de 1,56 milhão de veículos, a maior da história do setor. Segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (Abla), em 2022 as empresas do setor detinham 1,46 milhão de unidades, aumento de 6,8%.
Para 2024, a expectativa é de um mercado mais desafiador. Contudo, as empresas ainda terão participação importante nas vendas de veículos novos.
“Hoje, as locadoras representam 24,76% dos licenciamentos totais no país, mas 2024 será um ano difícil em função da reforma tributária e da economia como um todo”, disse o presidente da Abla, Marco Aurélio Nazaré.
“No entanto, acredito que as locadoras podem manter o ritmo de crescimento, pois há uma mudança cultural em curso, com o entendimento de que o uso é melhor que a posse. E, dentro disso, abre-se uma grande oportunidade para as empresas desse segmento.”
Segundo a Abla, de janeiro a outubro o total de compras de veículos 0 km por locadoras atingiu 436,57 mil unidades, equivalentes a 24,76% de todos automóveis e comerciais leves vendidos pelas montadoras este ano no Brasil.
O levantamento da entidade foi feito a partir de dados do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). Em relação à frota total do segmento, o crescimento no terceiro trimestre chegou a 11,6% no comparativo com o mesmo período de 2022: as locadoras terminaram setembro com 1.502.000 automóveis e comerciais leves na frota, contra 1.327.000 unidades registrados em setembro de 2022.
“Somente no mês de outubro, o setor foi responsável pela compra de 54 mil automóveis e comerciais leves zero quilômetro. A projeção de compras para novembro e dezembro é de mais 50 mil carros novos por mês e a estimativa é terminar o ano com o total de aproximadamente 540 mil veículos novos emplacados por locadoras”, informou a entidade.
Dentre os segmentos, o que mais cresce neste ano é o de carro por assinatura. A modalidade, de acordo com a Abla, teve evolução, até outubro, de 31,2%, sendo que os contratos já somam 160 mil veículos. No ano passado, 110 mil veículos estavam dentro dos acordos por assinatura.
Já o segmento mais representativo, segundo a entidade, é o de terceirização de frota. Até outubro, esta categoria somava 792 mil veículos, alta de 3,78% no comparativo com 2022.
A locação diária, que também cresce em termos de frota administrada, fechou até outubro com 731 mil carros, aumento de 3,83% em relação ao ano passado.
“O negócio de locação ainda é pouco explorado no Brasil se compararmos com os Estados Unidos e Europa. Há muito espaço para crescimento, mesmo com as dificuldades econômicas”, disse Nazaré.