A venda de carros elétricos e híbridos no Brasil cresceu nos quatro primeiros meses de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os puramente elétricos tiveram crescimento de 308%, enquanto os híbridos cresceram 63%.
Entre janeiro e abril de 2022, o Brasil vendeu 1.752 carros elétricos puros, uma alta significativa antes os 429 vendidos no mesmo período de 2021. A participação no total de vendas dos modelos zero combustão, que não passou de 0,1% no primeiro quadrimestre do ano passado, se manteve em 0,3% em 2022 até o momento, depois de atingir o pico de 0,4% em março.
Entre os híbridos, foram 11.239 unidades vendidas nos quatro primeiros meses de 2022 contra 6.861 no mesmo período em 2021. As participações no total de vendas no ano passado foram de 0,7% (jan), 0,8% (fev), 1% (mar) e 1,6% (abr). Em 2022, esses números saltaram para 1,9% (jan), 2,5% (fev e mar) e 1,9% (abr).
Isso significa que o setor vem avançando lentamente, mesmo sem a criação de um plano nacional de eletrificação, que é considerado urgente para o setor. Os carros elétricos ainda são bem mais caros do que os a combustão e a rede de recarga ainda é pequena, principalmente fora do Sudeste. Faltam incentivos ao consumidor.
Na soma geral de todos os veículos, nos quatro primeiros meses de 2022 o Brasil vendeu 552,9 mil unidades. Isso representa uma queda de 21,4% em comparação ao mesmo período de 2021, quando o país comercializou 703 mil unidades. Esses resultados estão abaixo do esperado pela Anfavea, que credita a má performance à alta dos juros, à queda da renda do brasileiro, à persistente crise dos semicondutores, à guerra na Ucrânia e também à variante ômicron da covid-19, que afetou a economia nos dois primeiros meses do ano.
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