Segundo Anfavea, resultado foi bom se levado em consideração série histórica da entidade
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou na quarta-feira, 28, dados referentes às vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil em 2023. Segundo a entidade, houve queda de 13,2% e 17,8%, respectivamente, na demanda em relação a 2022.
No ano passado, 60.981 máquinas agrícolas foram vendidas e 30.399 equipamentos rodoviários foram comercializados. Para 2024, a previsão da entidade é de que tenhamos alta de 5% para máquinas rodoviárias e nova queda, de 11%, para agrícolas.
Segundo a Anfavea, entre os riscos que o setor poderá enfrentar este ano podem ser listados preço de commodities e condições climáticas – que, associadas ao financiamento, também foram determinantes na queda nas vendas de máquinas agrícolas em 2023.
No entanto, a entidade pontua que existem pontos favoráveis. A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,7% e a queda da taxa Selic, bem como o Nova Indústria Brasil e o PAC, podem beneficiar o setor de máquinas.
Exportações terão realidades diferentes
Para 2024, a Anfavea prevê queda de 3% nas exportações de máquinas agrícolas e alta de 7% para os equipamentos rodoviários. Em 2023, no caso das máquinas agrícolas, a maioria das unidades feitas no Brasil foram para o Paraguai (30%), seguido por Estados Unidos (15%) e Bolívia (9%). Ainda de acordo com a entidade, foram obtidos US$ 640 milhões em faturamento.
“De 57 fábricas existentes no Brasil, 16 são de máquinas. Do faturamento total de R$ 70 bilhões da indústria automotiva do país, R$ 9,3 bilhões são gerados pelo setor”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a fim de ressaltar a força do segmento.
Atualmente, as associadas que fazem parte do setor de máquinas exportam para mais de 120 países.