A maior fabricante da China sem participação estatal começará a vender seus carros no Brasil a partir do último trimestre de 2022.
Em 27 de janeiro de 2022, a chinesa Great Wall Motor confirmou publicamente seu planejamento para a operação brasileira.
O primeiro passo dessa jornada da empresa no mercado brasileiro começou ainda no ano passado, quando a Great Wall adquiriu a antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, em São Paulo. A marca alemã havia deixado de produzir veículos no Brasil ainda em 2020.
Será investido na unidade R$ 10 bilhões por período indeterminado, sendo que R$ 4 bilhões do total serão aplicados no triênio que vai de 2023 a 2025 em melhorias na fábrica e nacionalização de veículos.
A fábrica de Iracemápolis tem capacidade instalada para a produção de 20 mil veículos por ano. A GWM anunciou que a linha de montagem está sendo totalmente adaptada para se alinhar com os métodos produtivos da empresa na China. A expectativa é a de que a operação brasileira seja a maior da companhia fora de seu país de origem.
Os primeiros carros ainda devem chegar importados da China e desembarcarão por aqui até o final do ano. As primeiras unidades nacionais de fato devem sair de Iracemápolis a partir de 2023. Segundo a Great Wall, o objetivo é que estes primeiros carros feitos no Brasil já tenham 60% de índice de nacionalização.
Até o final de 2022, o plano da empresa é já deve ter concessionárias abrangendo todos os estados, o que chamou de “cobertura de 100% do território nacional”. Em 18 meses, a meta é ter 130 pontos de vendas distribuídos entre 112 cidades e cerca de 30 grupos diferentes de distribuidores.
Se a Great Wall Motor ainda é desconhecida por aqui, globalmente, é a sétima maior empresa do setor em valor de mercado, avaliada em US$ 76,7 bilhões. Com isso, também é o maior fabricante de capital 100% privado da China. Com mais de 100 subsidiárias e holdings, a GWM vai além do setor automotivo, com atuações em mobilidade, novas energias, tecnologia, educação, saúde e no ramo imobiliário. E ainda existe uma joint venture com a BMW, firmada em 2018.
A Great Wall mantém 19 fábricas no mundo, sendo cinco delas em operação CKD, ou de montagem de kits importados.
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