Esse é o tema do artigo publicado pela DSMA, empresa especialista em compra e venda de concessionárias no Canadá.
Como o assunto é muito discutido entre os titulares aqui no Brasil também, vale a pena a leitura do material traduzido pela DBK.
O planejamento sucessório, por si só, é um assunto difícil e complicado. Para os empresários, as apostas são ainda maiores. Muitas vezes acontece que, como empresário, você trabalha arduamente nas tarefas do dia-a-dia de administrar um negócio sem nunca ter tempo para planejar o futuro, o seu futuro, o futuro dos seus negócios e a sua riqueza acumulada.
Depois de passar a vida construindo um negócio e acumulando capital, é importante planejar o processo de transferência de ativos de maneira metódica. Não é incomum que o valor da empresa represente a grande maioria dos ativos líquidos de um empreendedor. O ponto de partida é entender bem esse valor e distribuí-lo entre os ativos imobiliários de propriedade da empresa e os ativos tangíveis e intangíveis. Estabelecer o valor do negócio permitirá que decisões importantes sejam tomadas sobre planejamento sucessório, alocação de bens aos sucessores e tributação.
A tributação é uma questão central no planejamento sucessório. Este é provavelmente o aspecto mais complexo, mas terá o maior impacto financeiro. Assim, é essencial recorrer a um especialista que o possa ajudar a determinar se é possível beneficiar de uma isenção de imposto sobre as mais-valias. Eles serão capazes de analisar a possibilidade de estabelecer um fundo fiduciário ou outro meio de minimizar os impostos e alocar propriedades e ativos ao espólio de maneira lógica. Um congelamento de bens é frequentemente recomendado no contexto da sucessão empresarial. O congelamento de bens permite o congelamento das ações de uma empresa em uma determinada data. O valor das ações detidas é assim cristalizado nesta data e as mais-valias futuras são transferidas para o património. Essa estratégia permite o planejamento dos tributos incidentes sobre o falecimento e destina à sucessão o crescimento do valor após o congelamento. Essa estratégia transfere uma carga tributária para as mãos dos filhos, portanto, geralmente em um futuro mais distante. Essa estratégia também ajuda a manter o controle do negócio, se desejado.
Você revisou recentemente seu acordo de acionistas? O que acontece em caso de falecimento de um acionista? E em caso de invalidez? Quem controlará o negócio e quem o venderá, se necessário? O acordo de acionistas é um documento fundamental que se torna ainda mais importante quando há vários acionistas na empresa; é essencial. Essas são discussões que às vezes são difíceis de ter, mas muito importantes para evitar ou esperar até mais tarde.
Em caso de morte, muitas vezes há provisões para o resgate de ações pelos acionistas sobreviventes. É fundamental saber o valor aproximado das ações para planejar como financiar a recompra. Uma estratégia muito eficaz é adquirir um seguro de vida que cubra o valor das ações. Devemos também considerar que muitos são acionistas únicos de sua empresa e, nesse caso, deve-se definir quem pode assumir a administração da empresa e administrar sua liquidação, se necessário.
Além das questões financeiras, as considerações familiares costumam estar em primeiro plano no processo de planejamento sucessório. O primeiro passo é definir claramente quais são os objetivos e ambições de cada membro da família. Isso parece óbvio, mas, na realidade, é muito complexo. Muitas vezes, não reservamos tempo para fazer as perguntas certas e, às vezes, assuntos mais difíceis não são abordados.
A família que assume é muitas vezes considerada e pode ser de grande benefício. As principais considerações geralmente estão relacionadas à equidade entre as crianças. Suas habilidades, experiências e ambições geralmente são diferentes, então você deve alinhar o processo com os objetivos de todos. Entre outras coisas, deve-se considerar se o negócio permanece na família igualmente entre todos os filhos. Também devemos discutir o financiamento da aquisição e os impactos financeiros de cada um.
Quando o empresário não possui um plano de sucessão, deve ser escolhido um sucessor para a empresa. É necessário um rigoroso processo de planejamento para identificar o candidato certo. A principal motivação do empreendedor nessa fase é, muitas vezes, proteger o negócio que construiu, passando as rédeas para um comprador alinhado com os valores e a cultura da empresa. Em segundo lugar, é óbvio que considerações financeiras e fiscais influenciarão esse processo.
Atualmente, três em cada cinco proprietários de pequenas e médias empresas têm 50 anos ou mais; no entanto, a maioria negligencia o planejamento adequado da sucessão ou aquisição de seus negócios e carece de um plano de emergência. Agora é a hora de agir. Para concluir, uma palavra é necessária: Planejar. Não espere até o último minuto para montar um bom plano de sucessão e discutir os assuntos descritos acima com seus conselheiros profissionais, mas principalmente com sua família.
Confira o artigo original em: https://dsma.com/succession-planning-now-is-always-to-time-to-plan/