Nove empresas de mobilidade, incluindo locadoras de veículos e do setor de energia com capital aberto na B3, anunciaram no dia 25 de abril o lançamento de uma aliança para incentivar a compra e o uso do carro elétrico no Brasil.
O objetivo é aumentar a participação do modelo elétrico, com o estímulo à adoção por motoristas de aplicativos e a instalação de milhares de pontos de carregamento, usando a cidade de São Paulo como base para a adoção das medidas.
As empresas são: a 99, controlada pela chinesa Didi Global; a CAOA Chery; a Ipiranga, controlada pela Ultrapar, a Raízen, a Movida, a Unidas, a Tupinambá Energia e a Zletric.
A 99 diz que o objetivo até 2025 é aumentar a participação dos elétricos para 10% das vendas dos novos carros (hoje são 2%) e instalar 10 mil pontos de carregamento (atualmente são 1,5 mil), além de chegar a 100% dos motoristas parceiros com carro elétrico até 2030.
A iniciativa que se chama “Aliança pela Mobilidade Sustentável” se inspira em 2 dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, segundo a 99: garantir o acesso a fontes de energia limpas e acessíveis e tornar as cidades e comunidades mais inclusivas e sustentáveis.
Para incentivar a adoção do modelo no Brasil, a aliança quer impulsionar a infraestrutura necessária para a eletrificação da frota, criando postos públicos de recarga; diminuindo barreiras para a compra de carros elétricos; facilitando seu aluguel por motoristas de aplicativo; e dando apoio às montadoras e outras empresas da cadeia, como fornecedores de peças.
Thiago Hipólito, diretor do DriverLAb da 99, admite que os carros elétricos “ainda são muito mais caros do que os convencionais”, mas destaca em um comunicado da empresa que os modelos “possuem menos impacto ambiental, preservam a saúde das pessoas e também reduzem custos com combustível em até 75%”.
A 99 diz que o DriverLAB é seu centro de inovações, anunciado em 15 de março com um aporte de R$ 250 milhões nos próximos três anos (R$ 100 milhões só em 2022), para ampliar os ganhos de motoristas parceiros, diminuir seus custos e promover mais acesso a serviços.
A empresa, que tem 750 mil motoristas parceiros no Brasil, pretende ter no mínimo 300 automóveis elétricos ainda neste ano, chegar a 10 mil unidade até 2025 (e 100% da frota até 2030) e atingir emissão zero de carbono no fim da década.