Uma máxima recorrente no segmento de veículos comerciais diz que o PIB é o principal drive de negócios no país para o segmento. Mas a Fenatran, que ocorre em novembro, em São Paulo, ressurge este ano como outra oportunidade para se vender mais, principalmente caminhões, além do comportamento do indicador que mede o produto interno bruto.
A expectativa das empresas é grande acerca da possibilidade do evento movimentar R$ 9 bilhões em negócios, e para isso elas levarão à exposição na feira a oferta que consideram ser a mais avançada em termos tecnológicos, a qual inclui modelos equipados com powertrain elétrico e, também, aquele cujos motores já atendem as exigências da norma Euro 6.
“A feira acende uma tocha que vai iluminar as vendas do setor para os próximos meses”, disse Sérgio Pugliese, diretor de vendas de caminhões da Volkswagen Caminhões e Ônibus, durante avant-premiére da Fenatran, realizada na terça-feira, 24. A montadora, que já apresentou a aplicação do Euro 6 em parte de sua oferta de ônibus, deverá mostrar algo relacionado à sua gama de caminhões no evento.
A Iveco seguirá caminho semelhante: se espera que a montadora apresente no evento um modelo pesado equipado com motorização Euro 6, além de versões do Iveco Daily, uma versão atualizada do Iveco Tector e motores FPT. Na edição deste ano da Fenatran, a montadora terá o maior estande de sua história no evento.
Outra montadora que deverá apresentar um modelo de caminhão que atende a norma de emissões é a Mercedes-Benz, que na última edição da Fenatran teve o lançamento do extrapesado MB Actros como grande novidade. Na Lat.Bus, no começo do mês, a empresa mostrou ao mercado o seu chassi de ônibus Euro 6, que já equipa alguns modelos no país.
A DAF, que mantém produção em Ponta Grossa (PR), prepara o seu modelo pesado XF para atender as especificações Euro 6, e as novidades em torno do tema deverão ser mostradas na edição deste ano da Fenatran. A montadora expandiu recentemente sua capacidade de produção, fruto de investimento de cerca de R$ 400 milhões na fábrica do Paraná. Ali, a empresa produz 31 unidades por dia.
“Todas as montadoras mostrarão aquilo que tem de mais avançado não apenas para o mercado regional, mas também para o mercado global”, contou Clovis Lopes, gerente comercial da Volvo, que está validando seu modelo de caminhão pesado Euro 6 no país, assim como a Scania, que já mantém no país a produção de um propulsor Euro 6, mas para mercados no exterior.